Em 1962, aos 84 anos, mantendo-se ativo até o fim, Francisco Olympio de Oliveira morreu serenamente cercado pela família. O rock’n’roll tomara o mundo pouco antes e a bossa nova imperava no Brasil. A beatlemania só começaria no final daquele mesmo ano.
Em pouco mais de três décadas à frente da empresa, Francisco Olympio tinha expandido os negócios, revolucionado a comunicação, criado produtos e construído uma marca de enorme valor, deixando, nas mãos de seus herdeiros, um rumo a seguir. Filantropo, realizara inúmeras ações beneficentes.
Maria de Lourdes se tornou presidente do Laboratórios Leite de Rosas S.A., a filha Helena, vice-presidente, e o marido desta, Henrique Ribas, grande empreendedor que trabalhava na empresa desde 1956, superintendente.
O mercado, naquele momento, exigia maior racionalização, novas tecnologias, controle pragmático de custos, ampliação da produção e alcance das vendas.
Se até então o Leite de Rosas era para a população com maior poder aquisitivo, que podia arcar com os custos dos frágeis frascos de vidro, os anos 1960 assistiram à introdução da nova embalagem plástica rosa, hoje clássica e inconfundível, que se destacava nas prateleiras.
Em tempos de minissaia, pílula, movimento hippie, tropicália e contestação, a nova embalagem encantou os mais jovens e manteve fieis seus antigos consumidores por sua praticidade e durabilidade.
Mais uma vez, a ousadia deu certo!