Francisco Olympio, que já fora vendedor, seringalista, fazendeiro, criador de gado e até prefeito, não ficou satisfeito inteiramente como industrial.
Desde o início, com surpreendente talento, criou ele mesmo a propaganda do Leite de Rosas, anunciando seu produto em revistas como Carioca, Fon-Fon, A Cigarra, Vitrina, Jornal das Moças, entre tantas outras.
Ao glamour da cosmética somava ideias muito didáticas, tecnicamente exatas, porém cativantes. Profissionais clínicos elogiavam também o Leite de Rosas, assim como as consumidoras, inaugurando no Brasil a divulgação baseada em depoimentos – o famoso boca-a-boca!
Quando as rádios Tupi e Nacional começaram a operar, por volta de 1935, o Leite de Rosas foi um dos primeiros anunciantes e patrocinador, com Aurora e Carmem Miranda como garotas-propaganda, além de transmitir, pouco depois, “O quarto de hora It” e o “Programa Leite de Rosas”.
Também apareceram os primeiros anúncios e reclames destinados especialmente ao público masculino, como este: “O homem elegante não dispensa o uso diário do Leite de Rosas. Bem-estar todo o dia”.
Quando a televisão chegou ao Brasil na década de 1950, o Leite de Rosas já estava presente na fala de locutores, apresentadores e das candidatas ao disputadíssimo título de Miss Brasil, concurso patrocinado pela marca e que acabou se transformando, ao longo da década, em um verdadeiro fenômeno cultural.